segunda-feira, 6 de junho de 2022

União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais e enormes desigualdades

 Índice

0 – Preâmbulo

1 - Agricultura, floresta e pesca

2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…

3 – Construção

4  - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento

5 – Informação e comunicação

6  – Actividades financeiras e de seguros

7 – Actividades imobiliárias

8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio

9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social

 

10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais

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0 - Preâmbulo

A variação da população dos países europeus nos 25 anos que terminaram em 2020 revela enormes desigualdades, reveladoras das diferenças entre os países europeus, mostrando um quadro de evolução em várias velocidades no que se refere aos níveis de vida e de bem-estar[1]. E isso, apesar das loas cantadas sobre a integração regional que, na realidade, vem mantendo as distâncias entre países mais ricos e menos ricos.

Aliás, o crescimento demográfico médio anual para a totalidade da UE – um pouco aquém de 0.25% por ano – é revelador da baixa evolução da globalidade da população e da existência de enormes áreas com redução acentuada como se observou, recentemente nos dados para 2010/15 e 2015/20.

O quadro que se segue abrange um período mais alargado (25 anos) e que permite observar características mais consolidadas na evolução demográfica[2]. Ali se notam os casos de regressão populacional, na margem direita do Báltico e nos Balcãs; um muito baixo aumento da população em alguns países da Europa central como no Sul, com relevo especial da Alemanha apesar do seu maior volume populacional bem como a sua maior pujança económica. Em sentido contrário, com fortes crescimentos demográficos, ressaltam países com baixo volume dos seus efetivos populacionais – Luxemburgo, Irlanda, Chipre, Islândia e Malta – na sua maioria estados insulares.


O objetivo deste estudo não é o detalhe da evolução demográfica e do rendimento global dos vários países mas, a evolução para o mesmo período de 25 anos, das alterações do perfil sectorial do conjunto e dos seus componentes nacionais. Assim, pode observar-se, no caso dos países do Leste europeu, a concomitância entre as suas baixas taxas de crescimento demográfico (e também de regressão demográfica) com os elevados indicadores da evolução do valor acrescentado, em geral. Daí que se registem, nesses países, indicadores tendencialmente inscritos em patamares distintos dos países ocidentais da Europa.

Para a totalidade da UE, observem-se as diversas dinâmicas sectoriais para o período que vamos considerando (1995/2020) e em percentagem de crescimento anual médio do valor acrescentado;

Total UE

4.42

Agricultura, floresta e pesca

1.47

Ind. transformadora, extrativa 

2.99

Construção

3.53

Comércio, transportes, alojamento …

3.89

Informação e comunicação

8.00

Activ. financeiras e seguros

3.90

Imobiliário

5.98

Consultadoria…

6.75

Adm. Pública, defesa, saúde, apoio social

5.22

Artes, espetáculos, outras atividades

3.58

No quadro anterior, observa-se o menor crescimento da produção agrícola e das indústrias, sabendo-se que a primeira é pasto para a utilização de fertilizantes e pesticidas – com forte uso de derivados de combustíveis fósseis - e envenenadores dos solos e da cadeia alimentar; no caso das indústrias, a produção vem sendo objeto de importação, mormente da “fábrica” global que é a China. Mas… o importante é o crescimento do PIB, a valorização das ações, o incremento dos indicadores das bolsas; aquilo que permite a glória aos grupos institucionais de traficantes de influências, também designados por classes políticas.

Os casos de maior crescimento são as mais “modernas” áreas da informação (cujas qualidades no atual momento de guerra na Ucrânia variam entre o mau e o péssimo); da consultadoria que, muitas vezes consiste na colocação, em papel timbrado da consultada, do definido pela gestão da mesma que assim, obtém um aval para o que pretende fazer; o imobiliário, área nobre da especulação, geradora de “crescimento do PIB”; e ainda a burocracia estatal, pesada, tendo no topo o gang partidário de serviço, gestor da corrupção e do compadrio, para além do aparelho militar na versão “filial do Pentágono” e que, por ordem de Washington, deve corresponder a 2% do PIB nacional, naturalmente, sob a forma de importação dos EUA.

1 - Agricultura, floresta e pesca

Uma primeira abordagem setorial recairá sobre o conjunto da agricultura, floresta e pesca, apresentando neste caso, como nas abordagens sectoriais subsequentes, a comparação da evolução do rendimento apresentado para a economia dos países europeus, na sua globalidade. Sublinham-se as diferenças nas taxas médias anuais de crescimento das economias da Europa Ocidental e a dos países integrantes do Leste europeu.

Em todos os países europeus o crescimento da riqueza gerada no conjunto agricultura, floresta e pesca é inferior ao da economia global para o período 1995/2020; somente no caso da Eslováquia se nota alguma aproximação entre os ritmos de crescimento, da respetiva economia global e da sectorial.

Por outro lado, existem quatro países onde, no período considerado (1995/2020), o conjunto do rendimento inerente a agricultura, floresta e pesca regride; Malta (-10.4%), Grécia (-9.4%), Luxemburgo (-7.9%) e Portugal (-3.6%). No caso português a franca evolução registada em 2021 permite um aumento médio de 6%, face a 1995.

Os países onde a variação anual média do VAB ultrapassa os 10% anuais são apenas, a Eslováquia e a Estónia, aos quais se seguem, a Letónia e a Lituânia; todos, portanto incluídos na Europa de Leste. Entre os restantes, onde predominam os países da Europa Ocidental, destacam-se dois não membros da UE - Noruega e Islândia, com crescimentos ainda superiores a 5% - ao contrário dos outros que apresentam indicadores muito mais baixos e quase sem expressão. No contexto da “velha Europa” o indicador mais relevante cabe à Espanha. 

2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…

Para a UE no seu conjunto e, no contexto das indústria transformadora e outras, é claro que o seu crescimento se situa aquém da evolução registada para o total da economia e no contexto da grande maioria dos países europeus. As excepções são a Irlanda que gerou condições muito favoráveis à instalação de empresas multinacionais, que as utilizaram para uma penetração facilitada no conjunto da UE; e ainda, a Bulgária que se situa entre os países mais pobres da Europa.

Os países com maior crescimento do valor acrescentado, no período considerado, são também aqueles onde mais se verificaram aumentos significativos do produto da indústria transformadora. Por outro lado, os países europeus não integrados na UE - Suíça, Noruega e Islândia – apresentam também uma evolução mais dinâmica do que os restantes, no capítulo da produção industrial.

*Ind. Extrativas, transformadoras, prod e distr eletricidade, gás…, trat e dist. De água, saneamento,

    gestão de resíduos e despoluição

Entre todos os países da UE, integrados antes da dissolução do Comecon, não se regista um único caso de crescimento do produto industrial acima de 5% por ano. E, complementarmente, os países mais ricos da UE apresentam, em regra, as mais baixas taxas de crescimento do produto industrial, acompanhados pela Grécia; aqueles dão mais relevo a uma especialização em serviços.

 

3 - Construção

Quanto à construção e, em termos globais, o seu crescimento situa-se pouco aquém do observado para a economia global da UE, (3.53% anuais contra 4.4% para o total da economia).

A maioria dos países do Leste europeu apresenta taxas de crescimento do produto, neste segmento da economia, superiores a 10% anuais; nos países da Europa Ocidental isso apenas se verifica na Noruega, na Suécia, na Islândia e no Luxemburgo. Alguns países situados a Leste apresentam mesmo taxas de crescimento, no sector da construção, bastante elevadas, como a Estónia, a Letónia e a Lituânia com um crescimento médio acima dos 35%.

Vários países da Europa Ocidental mostram um crescimento no âmbito da construção, inferior ao verificado para o PIB global. Trata-se de: Alemanha, Áustria, Chipre, Malta, Espanha, Irlanda, Portugal, Rep. Checa e Suíça. A Alemanha apresenta o mais baixo indicador (1.4%) enquanto a Grécia apresenta um decréscimo na ordem dos 1.9%.

4  - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento

Este conjunto de negócios mostra um crescimento, para o período em análise (1995/2020) da ordem dos 3.9% anuais que, como se referiu atrás é uma das atividades com menor dinamismo; e mesmo, com um valor global inferior apurado para o total dos setores (4.4%).

Entre os países com maior tempo de permanência na UE só a Holanda, o Luxemburgo, a Irlanda, para além da Islândia superam neste conjunto de atividades, uma evolução mais dinâmica – ainda que com valores aproximados. Pelo contrário, na maioria dos países com integração mais antiga, o crescimento do conjunto das atividades inseridas nas áreas de comércio, transportes e alojamento apresenta uma evolução mais comedida do que a globalidade das suas economias; nomeadamente a Alemanha e a Grécia.

É nos países do Leste, com integração mais recente na UE, que se registam as situações de crescimento mais elevado nos sectores do comércio, transportes e alojamento; e muito acima do registado para a média das respetivas economias globais. O desenvolvimento das transações em geral e do comércio internacional para aqueles países fazem parte do processo de integração regional, da maior densidade das trocas, após o maior entrosamento das economias nacionais no todo  comunitário. Exceptuando, a Irlanda e o Luxemburgo, são poucos os países com maior tempo de permanência na União e com incrementos anuais médios superiores a 5% como se observa no gráfico

5 – Informação e comunicação

A informação e a comunicação tornaram-se sectores de ponta nas últimas décadas, dadas as tecnologias que massificaram a sua utilização e as tornaram áreas simbióticas. A informação, não ancorada em canais de comunicação, dificilmente se massificaria, tornando-se instrumento e prazer apenas para escassas minorias; por outro lado, essa massificação não garante, longe disso, qualidade e elevação, podendo muitas vezes constituir apenas formas de captura, manipulação, imbecilização para milhões de pessoas, tornando-as instrumentos de interesses mediáticos, comerciais e políticos.


A utilização de dados pessoais, de modo massivo, permite o seu aproveitamento para a identificação de perfis e a posterior manipulação de tipologias, com efeitos na aquisição de bens e serviços, na definição do que é moda/moderno, com a correspondente estratificação de perfis sociais de onde resulte a manipulação politica ou comercial.

A facilidade e o baixo preço do acesso às vias de comunicação permitem a sua utilização como canais de trânsito de verdadeiro lixo mediático e a captura das consciências em horas infindas no seu massificado usufruto. As redes onde circula a informação são utilizadas, demasiadas vezes, para a manipulação das grandes massas de gente, através de conteúdos sem qualquer laivo que não seja de vacuidade e imbecilidade. Essa utilização tanto pode abranger um bem ou serviço em busca da valorização da sua procura pelos consumidores, como pode cingir-se à definição de perfis sociopolíticos susceptíveis de interessar mais um certo perfil sociopolítico, que permita uma maior atração a uma específica força partidária.

Apesar das suas vantagens, as redes sociais também trouxeram algumas desvantagens, devido ao seu distorcido uso, como atrás se referiu. Apesar do empenho dos moderadores e gestores das redes sociais, tendo como objetivo o respeito pelas suas normas, muitos utilizadores usam mal as redes sociais, através de comentários ofensivos, discursos de ódio, invasão da privacidade, notícias falsas, etc.

Tratando-se de atividades suportadas em tecnologias relativamente recentes, com custos baixos e elevado grau de atração pelas populações, a tendência geral é que a sua taxa de crescimento ultrapasse claramente as observadas para as outras atividades (ver acima pag. 2). São casos fora desse padrão, a Alemanha, a Grécia e a Espanha onde o baixo crescimento da economia, das atividades de informação e comunicação são equiparáveis; o mesmo sucede com uma diferenciação, um pouco mais dilatada, em países como a Itália, a França e a Áustria.

Nos países do Leste europeu o crescimento do valor associado às atividades de informação e comunicação apresenta-se muito elevado (+85% na Roménia para o período 1995/2020); embora a Irlanda se apresente como o segundo caso de crescimento mais elevado, sem se integrar naquela área geográfica.

6  Actividades financeiras e de seguros

Para o conjunto da UE, a evolução registada para estas atividades situa-se ligeiramente aquém do observado para a totalidade da economia europeia. Essa situação é comum e, mostra-se com grande evidência, na Roménia, na Irlanda, na Eslováquia e, com menos relevo, na Bulgária, na Áustria, na Alemanha, nos Países Baixos e em Portugal.


As situações de evolução mais dinâmica das atividades financeiras e de seguros mostram-se claramente em Malta, Estónia, Lituânia, Letónia, Polónia, Luxemburgo, entre outros. O aumento da relevância das atividades financeiras comparativamente à restante atividade mostra-se também nos três países não comunitários incluídos – Islândia, Noruega e Suíça.

Grande parte dos países da UE, com maior tempo de inclusão na União, mostra situações de relativo equilíbrio entre a evolução das atividades financeiras e da globalidade das suas economias. Essas situações contemplam, a Bélgica, a Espanha, a França, a Itália, os Países Baixos, Portugal, entre outros.

7 – Actividades imobiliárias

Nesta, como em outras atividades, não há quaisquer laivos de homogeneidade ou integração coletiva no âmbito da UE, sobressaindo uma realidade díspar que pouco ou nada esclarece; mas que acentua as desigualdades no seio da União, na sequência de uma lógica de competição no âmbito do mercado, elemento que se pretende seja o grande regulador da vida dos povos; mormente, aceitando como naturais, as profundas desigualdades existentes e, como o caminho adequado para o crescimento do PIB, tomado como o elemento integrador dos “amanhãs que cantam”. Uns amanhãs miríficos, assentes na precariedade laboral, na pressão sobre os rendimentos do trabalho, no recurso crescente à imigração barata, resultante das guerras promovidas pelo “Ocidente”; e, da articulação entre rendimentos pessoais definidos pela constante necessidade de aumento da carga fiscal, decretada por classes políticas constituídas por gente sem qualidade.

O imobiliário  constitui o segmento da economia com maior dinamismo no período considerado, depois dos sectores de informação e comunicação e do conjunto que inclui, as actividades de consultoria, científicas, técnicas e, administrativas, bem como, os serviços de apoio. Em termos gerais, o crescimento das atividades imobiliárias mostra-se mais elevado do que o verificado para o total das economias.

As situações onde mais se evidencia o crescimento das atividades imobiliárias, comparativamente à economia global, mostram-se na Europa de Leste – Letónia, Estónia, Roménia, Rep. Checa, Lituânia, para além da Irlanda. Curiosamente, as mais parcas situações de relevância do imobiliário evidenciam-se em países tão afastados, geográfica e economicamente como a Alemanha e a Bulgária.

Portugal apresenta uma situação de dinamismo imobiliário equiparada a Malta, Finlândia e Chipre, outras tantas periferias; mas muito aquém do desempenho espanhol.

8  Actividades de consultadoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio

Este conjunto heterogéneo de atividades apresenta-se num segundo lugar quanto ao maior crescimento anual do valor acrescentado observado no período – 6.75%; e, só superado pelas atividades de informação e comunicação, que aumentaram 8% anualmente.

Como se vem verificando, o crescimento das economias europeias – incluindo em alguns países não comunitários – revela-se mais elevado entre os países do Leste, empenhados em reproduzir as estruturas económicas e sectoriais já consolidadas antes da integração daqueles países, pelos estados-membros com maior tempo de permanência na UE. Irlanda e Malta apresentam taxas de crescimento muito elevadas, mesmo que não tenham sido herdeiros das estruturas económicas dos países do Leste.

Tomando como referência a totalidade das economias, somente na Suíça, na Alemanha e na Bulgária, as consultadorias surgem com uma dinâmica pouco relevante e, até inferior ao crescimento do país respetivo, em geral. Alguns países apresentam um crescimento da atividade de consultadoria pouco diferenciada do registado para a totalidade das economias nacionais; são os casos da Itália, da Grécia ou da França.


9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social

Os componentes que se inserem na administração pública são muito diversos, incluindo, por exemplo, escolas, hospitais e o apoio a desempregados e pobres, cuja necessidade é inquestionável, a despeito da introdução de negócios privados, distorcedores, nesses circuitos. Porém, não devem ser esquecidas as forças militares, perfeitamente inúteis, se se excluir, sobretudo, a patrulha dos mares e da costa.

A integração portuguesa na NATO exige umas forças armadas que, por exemplo, poucos anos atrás, incorporaram dois F-16 em missão de vigília da costa leste do Báltico, não se sabendo de onde viria o “inimigo”. A inutilidade da NATO é bem evidente quando se sabe que no conflito atual na Ucrânia, a sua função é canalizar armas (pagas pelos contribuintes dos países membros), produzidas pela indústria militar dos EUA, a qual representa metade da produção global de armamento. Mais nebulosa é a existência de empresas globais, com funções de intervenção militar, com poucos pruridos éticos, mais ou menos pagas por governos ou, fornecedoras discretas de serviços em qualquer parte do planeta.   

Muitas das atividades incluídas no título constituem mesclas de serviço público efetivo mas, sobretudo com a introdução parcial de serviços privados em órgãos públicos; ou mesmo, de segmentos de atividade formalmente públicos mas atravessados em vários eixos por empresas privadas. A contratação de serviços privados por entidades públicas é comum e diversificada e permite situações de favorecimento por parte dos adjudicatários públicos a empresas que se não esquecerão de untar as mãos dos adjudicantes públicos para ganharem um concurso. Em geral, a contratação de serviços privados por órgãos públicos é comum; ou, porque os serviços a adjudicar foram de facto privatizados; ou porque o esvaziamento das capacidades de órgãos públicos gera o recurso a entidades privadas (por exemplo, no âmbito da consultadoria). 

Na generalidade, o crescimento médio das atividades incluídas na administração pública é superior ao registado para o total dos sectores que temos vindo a observar  (5.2 contra 4.4%, respetivamente); essa superioridade é particularmente visível nos casos da Roménia e da Bulgária, para além da Islândia, do Luxemburgo, da Rep. Checa ou da Croácia. A situação inversa, com o crescimento da administração pública muito aquém do observado para a globalidade dos sectores de atividade é, claramente visível nos casos da Alemanha, Eslováquia e Irlanda.


10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais

 Neste variado conjunto, a sua evolução situa-se abaixo da observada para a maioria dos sectores de atividade no seio da UE mas, como nos outros conjuntos, apresentando enormes diferenças entre os vários sectores dos diversos países.

Os países onde as actividades incluídas neste grupo apresentam uma dinâmica superior aos respetivos valores globais são, essencialmente, países do Leste, com particular relevo para Malta, Roménia, Eslováquia, Croácia e Bulgária. Com dinâmicas mais modestas mas ainda com indicadores superiores aos verificados para a globalidade das respetivas economias, sublinham-se os casos de Portugal, França Finlândia e Chipre. Inversamente, as atividades aqui consideradas apresentam uma diferença muito grande face à totalidade das respetivas economia, com particular relevo para a Irlanda, a Polónia, a Hungria para além de vários países tomados como os mais ricos da UE, como  a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a Dinamarca, entre outros.

Em geral e, como nas outras realidades sectoriais,  denotam-se muitos casos de grande diferença nas dinâmicas entre os vários países, sendo particularmente evidente a diferença entre países mais ricos e mais pobres, países com maior ou menor tempo de inclusão na União. As diferenciações entre os vários países revelam a ausência de políticas homogéneas, políticas verdadeiramente comunitárias, mantendo-se clara a situação entre os países mais ricos, por um lado e, outros que se mantêm pobres ou menos ricos. 

 

Este e outros textos em:

 

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[2]  Para uma perspetiva demográfica mundial e para o lapso de cem anos 1950/2050 consultar aqui; para a situação demográfica na Europa, consultar aqui.

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