(antes e agora, com o coronavirus)
Sumário
1 – O continuado
empobrecimento dos trabalhadores em Portugal
2 - Os salários na enfermagem
3 -
O que dizem os
"mercados"
4 - Sobre a confraria da toga
5 - Rui Pinto, um incómodo hacker
6
–A votação do Orçamento
7
- It once upon a time a GREAT BRITAIN
8 - O assassínio de Khashoggi –
Mohammed bin Salman, rato escondido com rabo de fora
~~~~~~~~~~^^^^^~~~~~~~~~~
1
- O continuado empobrecimento dos trabalhadores em Portugal
Sejamos
realistas!
Passado
o período do PREC voltou-se à velha ordem oligárquica - um pos-fascismo -
mantendo de fora a grande maioria da população, pouco alfabetizada. Voltou-se a
considerar na Administração Pública a importância de estar ligado ao partido
conveniente, em regra, uma ala do PS/PSD onde, só por ignorância infantil se considera
haver diferenças entre ambos; para lá da cor da bandeira e da gravata dos
respetivos fuhrers. A pertença ou a
tolerância do PS/PSD para um cargo, é tão necessária como no tempo de Salazar,
a declaração de “activo repúdio do comunismo e todas as doutrinas subversivas”.
E,
ainda na Administração Pública, são afastados, ou remetidos para o olvido, os
que não simpatizam com o partido-estado, tendo sido cooptados através do tempo,
ex-MES, muitos ex-PC's ou, outros gangs mais recentes, desejosos de beneficiarem
da democracia de mercado, das boas remunerações, das mordomias e mesmo da impunidade
perante irregularidades ou corrupção.
Comparemos, no
lapso de tempo 1995/2018, a receita do IVA
- de facto, paga por quem é consumidor- que triplicou e, as remunerações
dos assalariados
que apenas duplicaram; e não culpem só a Troika, há mais bandidos na praça…
2 - Os
salários na enfermagem
A
ministra Themida considera que a fuga de enfermeiros é meio compensada com a
vinda de gente vinda de algures; mas, não refere as enormes diferenças nos
salários nos outros países europeus e os que são pagos em Portugal. Não admira
portanto que uns 30% do total dos enfermeiros inscritos esteja na emigração. Não
há nada como a crueza dos números.
Os
países da Europa que mais valorizam a enfermagem são, em 2018, os seguintes,
com valores do rendimento anual expressos em US $ - Bélgica 52780 (2015),
Dinamarca 77721 (2013), França 37988 (2015), GB 47733, Luxemburgo 113879,
Noruega 70985, Países Baixos 61866 e Suíça, 76162.
Claro
que aqueles valores nada têm de comparável com outros países (da “segunda
divisão”) que incluímos no quadro seguinte, onde Portugal se insere; e, onde
relevamos com maior detalhe o período onde a incidência da crise foi maior:
Rendimento anual do pessoal
de enfermagem em hospitais (US $)
2005/06
|
2011
|
2012
|
2013
|
2017/18
|
|
Eslováquia
|
5652
|
13016
|
13547
|
14579
|
14942
|
Eslovénia
|
20062
|
30470
|
27856
|
28321
|
26131
|
Espanha
|
..
|
49010
|
42525
|
45238
|
40656
|
Estónia
|
8928
|
14722
|
13930
|
16403
|
17417
|
Finlândia
|
36720
|
51200
|
48438
|
50807
|
42615
|
Grécia
|
..
|
35321
|
33961
|
30448
|
22907
|
Hungria
|
9189
|
10763
|
10721
|
11687
|
12794
|
Irlanda
|
53579
|
73901
|
66546
|
67983
|
60406
|
Itália
|
31245
|
42581
|
39357
|
40670
|
37907
|
Portugal
|
22800
|
25068
|
19822
|
24298
|
21058
|
Rep. Checa
|
9082
|
17880
|
16518
|
16338
|
17624
|
Fonte: OCDE
Não
será preciso fazer um desenho para observar as enormes disparidades e o modo
como o partido-estado (PS-PSD) trata os enfermeiros, mesmo em comparação com a
situação na vizinha Espanha. Dona Themida, acorde para a realidade!
3 - O que dizem os "mercados"
Os
ditos e obscuros mercados mostram uma invulgar clareza nos resultados. As
bolsas estão em queda acelerada e o "papel" vale cada vez menos. Se a
coisa assim continuar haverá pânico entre os especuladores, nervosos, a
observar quanto poderão perder, ainda que os ganhos tenham surgido do nada, da
especulação e, portanto, sem muito suor.
Na
guerra do petróleo defrontam-se dois titãs - Arábia Saudita
e Rússia depois do primeiro tiro dado pelo primeiro; vamos a ver quem apresenta
o preço mais baixo. A Rússia tem mercados garantidos na Europa e na China,
mormente no âmbito do gás e a Arábia Saudita tem forte concorrência no Golfo e
é muito menos poderosa no âmbito do gás.
Questão
lateral nessa guerra é que a baixa dos preços arruína as petrolíferas
americanas que precisam para o seu gás de xisto, de preços da ordem dos $ 60 -
o dobro do preço apontado pelos sauditas.
Se
a festa não está animada, o coronavirus ainda desanima mais, lançando a ruina e
o desemprego no turismo e nas companhias aéreas - o Costa poderia aproveitar
para recomprar a TAP ao gangster Neeleman por um preço de saldo; com escolas
fechadas e o pânico causado pela sucessiva leitura dos mortos proveniente de
uma imprensa sensacionalista que acha importante saber-se que surgiu um
suspeito de carregar com o coronavirus, nas ilhas Andaman, por exemplo
(admitindo que os plumitivos saloios saibam onde ficam).
Já
imputaram ao coronavirus mais de 3000 mortos (geralmente pessoas idosas e
fragilizadas) com um alarmismo que não tem comovido ninguém no caso da Síria
onde já morreram 380000 pessoas sem que os povos se imponham aos seus governos
para deixarem os sírios em paz.
4 - Sobre
a confraria da toga
A
legislação feita pela AR, dominada pelo PS/PSD é, preparada previamente, à
medida, pelas famosas sociedades de advogados; e convém que seja imensa e
tortuosa para abrir caminhos vários, consoante a bolsa dos seus clientes. Aliás, a CRP dá logo
o exemplo - é das mais longas do mundo e já ninguém se preocupa com o que lá
está; por exemplo, no caso das burlas políticas da "descentralização"
do Costa, depois das Comunidades Intermunicipais inventadas por Passos em 2013.
Regionalização, essa, jamais!
A
confraria da toga foi, em tempo, separada do resto da função pública e aos seus
membros foram-lhes atribuídas regalias e estatuto superiores ao de gente tão ou
mais relevante como quem trabalha no ensino ou, na saúde, por exemplo; tratados,
frequentemente, como inferiores quando não como parasitas. E, são bem mais
mediáticas e comuns as irregularidades que envolvem os altos escalões da juizaria do que aquelas cujo
protagonismo cabe a gente que trabalha na saúde ou na educação. Nenhum
trabalhador da saúde ou do ensino irá aceder ao Tribunal Constitucional ou a
Provedor de Justiça, para terminar a carreira com uma remuneração de topo de
gama.
No
momento atual, o esforço e o risco de vida que quem trabalha na áreas da saúde será
comparável ao de burocratas de preto
vestidos, a varrer páginas e páginas geradas sem qualquer preocupação sistémica
de simplificação ou de ergonomia[1]? Ou arrastando o tempo de conclusão dos
processos de acordo com o mediatismo dos envolvidos, procurando prescrições que
interessem a todos os intervenientes – a confraria da toga e os acusados?
A
confraria da toga não apresenta bons resultados, os processos acumulam-se ad seculum seculorum e toda a gente acha
isso normal, culpando-se sempre a "complexidade do processo" que,
aliás, é complexizado a preceito, porque a complexidade não tem defensor,
aceita todas as culpas. E, já que se fala de magistratura, não esqueçamos o
Supremo magistrado da Nação, um tal Marcelo Rodrigues Tomás ou Américo Rebelo
de Sousa, plantado num cargo
perfeitamente inútil .
Entretanto,
neste pantanal …
Economicamente,
os capitais espanhóis vão dominando a economia portuguesa e os ditos
empresários nativos dedicam-se ao costume, - imobiliário, construção,
restauração - com trânsito de capitais para offshores,
mesmo que à boleia da Isabel dos Santos. Ou, clamando por fundos comunitários,
isenções e despachos à medida, tendo como parceira a classe política (mormente
o seu núcleo duro, PS/PSD), em versão governamental ou autárquica.
Portugal
é um agregado desconexo a que dificilmente se pode chamar um estado-nação; é um
corredor das redes das multinacionais, lugar de trânsito de droga e
subserviente para com as guerras do Império, oferecendo uns mercenários por
solicitação de EUA/NATO. Um espaço onde habita um povo com séculos de mansidão
e dado à obediência; e que ainda acredita na "democracia
representativa", votando em gangs de ladrões ou idiotas.
Em Portugal,
cheira mal.
5 - Rui
Pinto, um incómodo hacker
Diz-se
que é acusado de 90 crimes de fraude informática, de tentativa de extorsão e
está preso há perto de um ano.
Ricardo
Salgado, vive no seu conforto há quase 6 anos e - tal como muitos outros afins
- não conheceu até hoje o calabouço ou sequer, as algemas. Lembremos ainda a
injustiça para os alemães que foram condenados por terem corrompido, sem que o
corrupto tenha sofrido qualquer pena; falamos dos submarinos, recordam-se?
Rui
Pinto, parece ser muito habilidoso a descobrir verdadeiros criminosos, de alto
calibre - no âmbito do podre futebol à portuguesa, da Isabel dos Santos,
entrando nos segredos desses construtores de esquemas mafiosos e guardadores de
segredos como são alguns escritórios de advogados.
Rui
Pinto é muito mais habilidoso do que as polícias especializadas e dos empatas
da confraria da toga, especialistas em chutar para canto, para que a rede da
baliza… não abane. Ou então, haverá quem pague aos últimos para manterem a
lentidão no andamento dos processos, até ficarem esquecidos ou prescritos.
Se
Portugal fosse gerido por gente decente e honesta, há muito teriam contratado o
Rui Pinto - com todas as medidas de segurança, para evitarem que tivesse algum
"acidente". Claro que não o farão; têm-no preso para que os
vigaristas – do futebol, do empresariato comum ou, da classe política - durmam
felizes na sua impunidade.
O
Snowden, revelou segredos do Império e, para se livrar da prisão ou de algum
"acidente", refugiou-se na Rússia. Que farão na paróquia lusa ao Rui
Pinto? Esperemos que não tenha uma queda fatal na prisão.
Falam
em acabar com o dinheiro sujo! Riam-se! Então, o sistema financeiro enriquecia com
quê? E a bolsas viviam de quê, se desligadas dos offshores? E os partidos e a classe política viveriam somente dos
seus salários declarados? E os prevaricadores iriam para a cadeia? E, no
futebol, tudo seria claro e transparente? Então, vão soltar o Rui Pinto e
prender políticos, banqueiros, empresários, advogados, juizes?
A
comissária europeia Helena Dalli deve ser a única que acredita nisso pois fala
sem se rir...
6 - A
votação do Orçamento
As
análises dos analistas encartados podem ter interesse mas pecam por um defeito
essencial. Ainda aceitam que o pântano fedorento da AR serve para alguma coisa de favorável à
multidão; e continuam a manter a tradicional classificação de esquerda/direita
onde só há gangs, maiores ou mais pequenos, alapados sobre os subsídios públicos,
a beneficiar dos favores da imprensa, que vive das vacuidades dos membros da
classe política para vender shares de
audiência; e que, por sua vez, servem para obter publicidade e, muito menos,
produtos de investigação. Claro que fazem parte de um “clero” cuja função é
ajudar a manter mansa a população mais pobre e menos qualificada da Europa
Ocidental; tal como o clero medieval zelava pela mansidão dos rebanhos.
Qualquer
governo é um gestor do erário público, é a hidra que todos os anos suga um
pouco mais dos rendimentos da plebe; e que os utiliza em proveito próprio, dos
seus mandarins ou, dos ditos empresários, sempre gulosos de novos subsídios e
vantagens fiscais – seja porque chove, porque houve um incêndio, porque não
chove, por causa do Brexit, do coronavírus… A propósito deste último e das
medidas tomadas pelo governo para conter e debelar a crise sanitária, os chefes
do empresariato luso apoiam mas, deixam sempre o recado de que é preciso mais,
ir mais além, com mais isenções, mais subsídios, mais facilidades de
desemprego…
Por
exemplo. Porque será que a dívida das empresas para com a Segurança Social não
para de crescer, a despeito de alguma euforia económica iniciada com a
Geringonça? Vejamos valores (milhões de euros), sabendo-se que os dados de 2018
ainda não estão apurados pela pantanosa instituição que é a SS; nem o vão estar
tão cedo...
2014
|
2015
|
2016
|
2017
|
7196
|
7326
|
9142
|
9529
|
Mais,
há uma cultura tradicional na SS, comum ao PS/PSD de "ajudar" os
empresários faltosos deixando que as dívidas se acumulem até chegar a falência
ou a prescrição; o laxismo não deixará de se acentuar, é endémico e, certamente
será agravado na sequência da pandemia e da quarentena.
O
IRS cobrado era € 12230 M (2018) e terá sido 12905 (2019); mas, dificilmente
trepará para 13586 M no ano em curso, por conta do coronavirus. Coisa pouca,
porque há impostos mais rentáveis e menos visíveis; por exemplo, o IVA - 16670, 17499 e 18334 M em 2018/20, embora
não deva ser cumprida essa meta, dada a redução do consumo inerente à
quarentena.
Recordemos
também os € 23000 M de apoios ao sistema bancário porque esses estão
consolidados, com ou sem a peste.
É
habitual a alegria dos mandarins quando "vendem" dívida nos mercados
financeiros ( milhões €)
2013
|
2014
|
2015
|
2016
|
2017
|
2018
|
2019
|
219714,8
|
226040,5
|
231512,6
|
240962,6
|
242804,5
|
245558,0
|
251012,0
|
Nesse
período, a taxa de juro implícita varia entre 3.74% e 3.27%, valores
visivelmente muito... distintos e que fazem com que os juros da divida orcem
normalmente os 8000 M euros desde... 2012 (portanto, com ou sem troika) – um leve encargo de € 800 por
cabeça. Essa alegria esmoreceu nos últimos dias (meados de março) quando o IGCP
só conseguiu 2/3 da dívida que queria lançar no mercado. Porém, o reforço do
BCE na utilização do quantitative easing
e, sobretudo, a inovação prevista com a emissão de dívida europeia (ou só da
zona euro?) irá manter o barco da dívida a navegar. The show must go on!
Entretanto,
o folclore vivido no Pavilhão das Aves Canoras passa para segundo plano, tendo
em conta a pandemia que todos ameaça. As estrelas do circo são agora o Costa, o
Cabrita, a Themida e a Graça Freitas… com o MRS a disputar o protagonismo
depois de duas semanas de voluntária quarentena, saindo à rua, precisamente
quando a quarentena se fixou para toda a gente. Incongruências que não estão
contidas em códigos…
7 - It once upon a time a GREAT BRITAIN …
Os
ingleses tiveram de escolher nas últimas eleições, entre um idiota e um
incapaz. O Boris Trump pretende recuar à orgulhosa Inglaterra, ainda que sem
império mas com muitos offshores para
animar a Bolsa de Londres. O Corbyn vincou as questões sociais mas mostrou-se
neutro em algo bem mais abrangente, como a integração europeia; sem querer ver
que as duas coisas estariam absolutamente ligadas, um erro crasso que o vai
remeter para a aposentação.
Um
terço dos votantes trabalhistas vieram de regiões empobrecidas e apoiaram o
Brexit como se o encerramento autárcico seja solução para alguma coisa. Boris,
com a sua maioria de avatares nacionalistas, quiçá lepenistas, tratará de
liquidar o sistema de saúde, privatizando-o; e, certamente, de modo mais radical
do que vem acontecendo em Portugal, com as célebres PPP, levadas a cabo pelo
PS/PSD, com capitalistas a viver do dinheiro dos impostos.
Em
termos gerais, calcula-se que a quebra do PIB da GB, para os próximos dez anos,
será de 4 a 10% consoante o resultado dos acordos com a UE, nos capítulos do
comércio e dos emigrantes.
Uma
grande parte do enorme problema que Boris vai ter de resolver é admitir que a
Escócia e a Irlanda do Norte (e até Gales, onde o separatismo cresce a olhos
vistos) se separem da Inglaterra, transformando esta numa Grande Londres e
arredores, centrada na bolsa, na rede de offshores e, reportando a Trump ou a
uma cópia do mesmo.
O
que se passa no mundo, muito para além do Brexit, da atrofia da GB, da
estagnação da economia e da incapacidade política das classes políticas é a
crise do capitalismo, fortemente decorada com a crise pandémica.
Segue-se o
novo mapa dos EUA com o seu novo estado federado.
8
- O assassínio de Khashoggi – Mohammed bin Salman , rato escondido com rabo
de fora
Em
2 de outubro de 2018 o jornalista saudita do Washington Post deslocou-se, em Istambul ao consulado do seu
país, para tratar de uns documentos necessários para o seu casamento; e,
volatilizou-se. As principais pistas para o desaparecimento apontadas no reino
dos Saud eram inicialmente duas e bastante pertinentes: teria sido sequestrado
pela sua noiva turca ou, acidentalmente, caíra no Bósforo e teria sido engolido
por um tubarão.
A
polícia turca, porém aponta para o estrangulamento do jornalista, com o seu
posterior desmembramento, para mais fácil disseminação da existência física do
corpo.
Certamente
que Mohamed bin Salman, o herdeiro do rei saudita nada teve a ver com o
assunto… apesar do jornalista criticar fortemente a mais numerosa família real
do planeta. Uma coincidência, naturalmente.
Diz-se
que a Arábia Saudita é um estado de direito; embora se saiba também que a
aplicação do direito, assim como as “razões de Estado”, em geral, são muito
elásticas e variáveis, consoante a pressão e a temperatura atmosférica.
Dentro
dessa elasticidade, são condenados em tribunal – à porta fechada - cinco
sauditas com pena de morte porque, com mais outros 13 cúmplices decidiram matar
o jornalista por não gostarem do bigode dele.
Diz
o tribunal saudita que o assassínio não foi … premeditado! Parece que o pelotão
dos 18 acusados, de férias em Istambul, ao saírem da Mesquita Azul, viram
passar, por acaso, o Khashoggi e seguiram-no discretamente até entrar no
consulado saudita; e aproveitaram a situação, confiando que posteriormente
seriam promovidos pelo seu chefe, Ahmed al-Assiri,
para matar e cortar às postas o pobre jornalista.
Obviamente
que MbS estava em oração com o seu amigo Saud al-Qahtani, na total ignorância
dos acontecimentos; e daí que o tribunal tenha condenado os jagunços. É bem
feito. Cumpriu-se a justiça de Allah, MbS dixit.
Curiosa é a descoordenação no reino
da pastilha elástica. A CIA acha que MbS é o braço ordenante do crime. Mas o
intermediário de um nutrido negócio de armas americanas a MbS, um tal Donald
Trump, acha que não há provas para se proceder à acusação; certamente, de
acordo com o complexo militar-industrial americano, muito irritado porque
Erdogan comprou armas aos russos e daí, que precise de ser simpático para com o
seu principal cliente, o MbS.
Este e outros textos em:
[1]
Uma situação ocorrida com alguém próximo evidenciou esse comportamento
majestático e imbecil. Essa pessoa era acusada de roubo e foi chamada ao
tribunal, sendo atendida por um burocrata de secretaria. Quando quis apresentar
fotos reveladoras de que nada tinha roubado, o burocrata exigiu que as fotos
fossem apresentadas por advogado; e lá o acusado teve de contratar um advogado,
recebido com todas as vénias de medieval subserviência pelo burocrata para
apresentar as mesmas fotos…
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