quarta-feira, 25 de março de 2020

TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA – 8



(antes e agora, com o coronavirus)

Sumário

1 – O continuado empobrecimento dos trabalhadores em Portugal
2 - Os salários na enfermagem
3 - O que dizem os "mercados"
4 - Sobre a confraria da toga
5 - Rui Pinto, um incómodo hacker
6 –A votação do Orçamento
7 - It once upon a time a GREAT BRITAIN
8 - O assassínio de Khashoggi – Mohammed bin Salman, rato escondido com rabo de fora

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1 - O continuado empobrecimento dos trabalhadores em Portugal

Sejamos realistas!

Passado o período do PREC voltou-se à velha ordem oligárquica - um pos-fascismo - mantendo de fora a grande maioria da população, pouco alfabetizada. Voltou-se a considerar na Administração Pública a importância de estar ligado ao partido conveniente, em regra, uma ala do PS/PSD onde, só por ignorância infantil se considera haver diferenças entre ambos; para lá da cor da bandeira e da gravata dos respetivos fuhrers. A pertença ou a tolerância do PS/PSD para um cargo, é tão necessária como no tempo de Salazar, a declaração de “activo repúdio do comunismo e todas as doutrinas subversivas”.

E, ainda na Administração Pública, são afastados, ou remetidos para o olvido, os que não simpatizam com o partido-estado, tendo sido cooptados através do tempo, ex-MES, muitos ex-PC's ou, outros gangs mais recentes, desejosos de beneficiarem da democracia de mercado, das boas remunerações, das mordomias e mesmo da impunidade perante irregularidades ou corrupção. 




2 - Os salários na enfermagem

A ministra Themida considera que a fuga de enfermeiros é meio compensada com a vinda de gente vinda de algures; mas, não refere as enormes diferenças nos salários nos outros países europeus e os que são pagos em Portugal. Não admira portanto que uns 30% do total dos enfermeiros inscritos esteja na emigração. Não há nada como a crueza dos números.

Os países da Europa que mais valorizam a enfermagem são, em 2018, os seguintes, com valores do rendimento anual expressos em US $ - Bélgica 52780 (2015), Dinamarca 77721 (2013), França 37988 (2015), GB 47733, Luxemburgo 113879, Noruega 70985, Países Baixos 61866 e Suíça, 76162.

Claro que aqueles valores nada têm de comparável com outros países (da “segunda divisão”) que incluímos no quadro seguinte, onde Portugal se insere; e, onde relevamos com maior detalhe o período onde a incidência da crise foi maior:

Rendimento anual do pessoal de enfermagem em hospitais (US $)

2005/06
2011
2012
2013
2017/18
Eslováquia
5652
13016
13547
14579
14942
Eslovénia
20062
30470
27856
28321
26131
Espanha
..
49010
42525
45238
40656
Estónia
8928
14722
13930
16403
17417
Finlândia
36720
51200
48438
50807
42615
Grécia
..
35321
33961
30448
22907
Hungria
9189
10763
10721
11687
12794
Irlanda
53579
73901
66546
67983
60406
Itália
31245
42581
39357
40670
37907
Portugal
22800
25068
19822
24298
21058
Rep. Checa
9082
17880
16518
16338
17624
                                             Fonte: OCDE

Não será preciso fazer um desenho para observar as enormes disparidades e o modo como o partido-estado (PS-PSD) trata os enfermeiros, mesmo em comparação com a situação na vizinha Espanha. Dona Themida, acorde para a realidade!  

3 - O que dizem os "mercados"

Os ditos e obscuros mercados mostram uma invulgar clareza nos resultados. As bolsas estão em queda acelerada e o "papel" vale cada vez menos. Se a coisa assim continuar haverá pânico entre os especuladores, nervosos, a observar quanto poderão perder, ainda que os ganhos tenham surgido do nada, da especulação e, portanto, sem muito suor.

Na guerra do petróleo defrontam-se dois titãs - Arábia Saudita e Rússia depois do primeiro tiro dado pelo primeiro; vamos a ver quem apresenta o preço mais baixo. A Rússia tem mercados garantidos na Europa e na China, mormente no âmbito do gás e a Arábia Saudita tem forte concorrência no Golfo e é muito menos poderosa no âmbito do gás.



Questão lateral nessa guerra é que a baixa dos preços arruína as petrolíferas americanas que precisam para o seu gás de xisto, de preços da ordem dos $ 60 - o dobro do preço apontado pelos sauditas.

Se a festa não está animada, o coronavirus ainda desanima mais, lançando a ruina e o desemprego no turismo e nas companhias aéreas - o Costa poderia aproveitar para recomprar a TAP ao gangster Neeleman por um preço de saldo; com escolas fechadas e o pânico causado pela sucessiva leitura dos mortos proveniente de uma imprensa sensacionalista que acha importante saber-se que surgiu um suspeito de carregar com o coronavirus, nas ilhas Andaman, por exemplo (admitindo que os plumitivos saloios saibam onde ficam).

Já imputaram ao coronavirus mais de 3000 mortos (geralmente pessoas idosas e fragilizadas) com um alarmismo que não tem comovido ninguém no caso da Síria onde já morreram 380000 pessoas sem que os povos se imponham aos seus governos para deixarem os sírios em paz.

4 - Sobre a confraria da toga

A legislação feita pela AR, dominada pelo PS/PSD é, preparada previamente, à medida, pelas famosas sociedades de advogados; e convém que seja imensa e tortuosa para abrir caminhos vários, consoante a  bolsa dos seus clientes. Aliás, a CRP dá logo o exemplo - é das mais longas do mundo e já ninguém se preocupa com o que lá está; por exemplo, no caso das burlas políticas da "descentralização" do Costa, depois das Comunidades Intermunicipais inventadas por Passos em 2013. Regionalização, essa, jamais!

A confraria da toga foi, em tempo, separada do resto da função pública e aos seus membros foram-lhes atribuídas regalias e estatuto superiores ao de gente tão ou mais relevante como quem trabalha no ensino ou, na saúde, por exemplo; tratados, frequentemente, como inferiores quando não como parasitas. E, são bem mais mediáticas e comuns as irregularidades que envolvem os altos escalões da juizaria do que aquelas cujo protagonismo cabe a gente que trabalha na saúde ou na educação. Nenhum trabalhador da saúde ou do ensino irá aceder ao Tribunal Constitucional ou a Provedor de Justiça, para terminar a carreira com uma remuneração de topo de gama.

No momento atual, o esforço e o risco de vida que quem trabalha na áreas da saúde será  comparável ao de burocratas de preto vestidos, a varrer páginas e páginas geradas sem qualquer preocupação sistémica de simplificação ou de ergonomia[1]?  Ou arrastando o tempo de conclusão dos processos de acordo com o mediatismo dos envolvidos, procurando prescrições que interessem a todos os intervenientes – a confraria da toga e os acusados?

A confraria da toga não apresenta bons resultados, os processos acumulam-se ad seculum seculorum e toda a gente acha isso normal, culpando-se sempre a "complexidade do processo" que, aliás, é complexizado a preceito, porque a complexidade não tem defensor, aceita todas as culpas. E, já que se fala de magistratura, não esqueçamos o Supremo magistrado da Nação, um tal Marcelo Rodrigues Tomás ou Américo Rebelo de Sousa,  plantado num cargo perfeitamente inútil

Entretanto, neste pantanal …

Economicamente, os capitais espanhóis vão dominando a economia portuguesa e os ditos empresários nativos dedicam-se ao costume, - imobiliário, construção, restauração - com trânsito de capitais para offshores, mesmo que à boleia da Isabel dos Santos. Ou, clamando por fundos comunitários, isenções e despachos à medida, tendo como parceira a classe política (mormente o seu núcleo duro, PS/PSD), em versão governamental ou autárquica.

Portugal é um agregado desconexo a que dificilmente se pode chamar um estado-nação; é um corredor das redes das multinacionais, lugar de trânsito de droga e subserviente para com as guerras do Império, oferecendo uns mercenários por solicitação de EUA/NATO. Um espaço onde habita um povo com séculos de mansidão e dado à obediência; e que ainda acredita na "democracia representativa", votando em gangs de ladrões ou idiotas.

Em Portugal, cheira mal.

5 - Rui Pinto, um incómodo hacker

Diz-se que é acusado de 90 crimes de fraude informática, de tentativa de extorsão e está preso há perto de um ano. 

Ricardo Salgado, vive no seu conforto há quase 6 anos e - tal como muitos outros afins - não conheceu até hoje o calabouço ou sequer, as algemas. Lembremos ainda a injustiça para os alemães que foram condenados por terem corrompido, sem que o corrupto tenha sofrido qualquer pena; falamos dos submarinos, recordam-se?

Rui Pinto, parece ser muito habilidoso a descobrir verdadeiros criminosos, de alto calibre - no âmbito do podre futebol à portuguesa, da Isabel dos Santos, entrando nos segredos desses construtores de esquemas mafiosos e guardadores de segredos como são alguns escritórios de advogados. 

Rui Pinto é muito mais habilidoso do que as polícias especializadas e dos empatas da confraria da toga, especialistas em chutar para canto, para que a rede da baliza… não abane. Ou então, haverá quem pague aos últimos para manterem a lentidão no andamento dos processos, até ficarem esquecidos ou prescritos.

Se Portugal fosse gerido por gente decente e honesta, há muito teriam contratado o Rui Pinto - com todas as medidas de segurança, para evitarem que tivesse algum "acidente". Claro que não o farão; têm-no preso para que os vigaristas – do futebol, do empresariato comum ou, da classe política - durmam felizes na sua impunidade. 

O Snowden, revelou segredos do Império e, para se livrar da prisão ou de algum "acidente", refugiou-se na Rússia. Que farão na paróquia lusa ao Rui Pinto? Esperemos que não tenha uma queda fatal na prisão.

Falam em acabar com o dinheiro sujo! Riam-se!  Então, o sistema financeiro enriquecia com quê? E a bolsas viviam de quê, se desligadas dos offshores? E os partidos e a classe política viveriam somente dos seus salários declarados? E os prevaricadores iriam para a cadeia? E, no futebol, tudo seria claro e transparente? Então, vão soltar o Rui Pinto e prender políticos, banqueiros, empresários, advogados, juizes?

A comissária europeia Helena Dalli deve ser a única que acredita nisso pois fala sem se rir...

6 - A votação do Orçamento

As análises dos analistas encartados podem ter interesse mas pecam por um defeito essencial. Ainda aceitam que o pântano fedorento da AR  serve para alguma coisa de favorável à multidão; e continuam a manter a tradicional classificação de esquerda/direita onde só há gangs, maiores ou mais pequenos, alapados sobre os subsídios públicos, a beneficiar dos favores da imprensa, que vive das vacuidades dos membros da classe política para vender shares de audiência; e que, por sua vez, servem para obter publicidade e, muito menos, produtos de investigação. Claro que fazem parte de um “clero” cuja função é ajudar a manter mansa a população mais pobre e menos qualificada da Europa Ocidental; tal como o clero medieval zelava pela mansidão dos rebanhos. 

Qualquer governo é um gestor do erário público, é a hidra que todos os anos suga um pouco mais dos rendimentos da plebe; e que os utiliza em proveito próprio, dos seus mandarins ou, dos ditos empresários, sempre gulosos de novos subsídios e vantagens fiscais – seja porque chove, porque houve um incêndio, porque não chove, por causa do Brexit, do coronavírus… A propósito deste último e das medidas tomadas pelo governo para conter e debelar a crise sanitária, os chefes do empresariato luso apoiam mas, deixam sempre o recado de que é preciso mais, ir mais além, com mais isenções, mais subsídios, mais facilidades de desemprego…

Por exemplo. Porque será que a dívida das empresas para com a Segurança Social não para de crescer, a despeito de alguma euforia económica iniciada com a Geringonça? Vejamos valores (milhões de euros), sabendo-se que os dados de 2018 ainda não estão apurados pela pantanosa instituição que é a SS; nem o vão estar tão cedo...

2014
2015
2016
2017
7196
7326
9142
9529

Mais, há uma cultura tradicional na SS, comum ao PS/PSD de "ajudar" os empresários faltosos deixando que as dívidas se acumulem até chegar a falência ou a prescrição; o laxismo não deixará de se acentuar, é endémico e, certamente será agravado na sequência da pandemia e da quarentena.

O IRS cobrado era € 12230 M (2018) e terá sido 12905 (2019); mas, dificilmente trepará para 13586 M no ano em curso, por conta do coronavirus. Coisa pouca, porque há impostos mais rentáveis e menos visíveis; por exemplo, o IVA  - 16670, 17499 e 18334 M em 2018/20, embora não deva ser cumprida essa meta, dada a redução do consumo inerente à quarentena.
Recordemos também os € 23000 M de apoios ao sistema bancário porque esses estão consolidados, com ou sem a peste.

É habitual a alegria dos mandarins quando "vendem" dívida nos mercados financeiros ( milhões €)

2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
219714,8
226040,5
231512,6
240962,6
242804,5
245558,0
251012,0

Nesse período, a taxa de juro implícita varia entre 3.74% e 3.27%, valores visivelmente muito... distintos e que fazem com que os juros da divida orcem normalmente os 8000 M euros desde... 2012 (portanto, com ou sem troika) – um leve encargo de € 800 por cabeça. Essa alegria esmoreceu nos últimos dias (meados de março) quando o IGCP só conseguiu 2/3 da dívida que queria lançar no mercado. Porém, o reforço do BCE na utilização do quantitative easing e, sobretudo, a inovação prevista com a emissão de dívida europeia (ou só da zona euro?) irá manter o barco da dívida a navegar. The show must go on!

Entretanto, o folclore vivido no Pavilhão das Aves Canoras passa para segundo plano, tendo em conta a pandemia que todos ameaça. As estrelas do circo são agora o Costa, o Cabrita, a Themida e a Graça Freitas… com o MRS a disputar o protagonismo depois de duas semanas de voluntária quarentena, saindo à rua, precisamente quando a quarentena se fixou para toda a gente. Incongruências que não estão contidas em códigos…

7 - It once upon a time a GREAT BRITAIN …

Os ingleses tiveram de escolher nas últimas eleições, entre um idiota e um incapaz. O Boris Trump pretende recuar à orgulhosa Inglaterra, ainda que sem império mas com muitos offshores para animar a Bolsa de Londres. O Corbyn vincou as questões sociais mas mostrou-se neutro em algo bem mais abrangente, como a integração europeia; sem querer ver que as duas coisas estariam absolutamente ligadas, um erro crasso que o vai remeter para a aposentação. 

Um terço dos votantes trabalhistas vieram de regiões empobrecidas e apoiaram o Brexit como se o encerramento autárcico seja solução para alguma coisa. Boris, com a sua maioria de avatares nacionalistas, quiçá lepenistas, tratará de liquidar o sistema de saúde, privatizando-o; e, certamente, de modo mais radical do que vem acontecendo em Portugal, com as célebres PPP, levadas a cabo pelo PS/PSD, com capitalistas a viver do dinheiro dos impostos. 

Em termos gerais, calcula-se que a quebra do PIB da GB, para os próximos dez anos, será de 4 a 10% consoante o resultado dos acordos com a UE, nos capítulos do comércio e dos emigrantes.

Uma grande parte do enorme problema que Boris vai ter de resolver é admitir que a Escócia e a Irlanda do Norte (e até Gales, onde o separatismo cresce a olhos vistos) se separem da Inglaterra, transformando esta numa Grande Londres e arredores, centrada na bolsa, na rede de offshores e, reportando a Trump ou a uma cópia do mesmo.

O que se passa no mundo, muito para além do Brexit, da atrofia da GB, da estagnação da economia e da incapacidade política das classes políticas é a crise do capitalismo, fortemente decorada com a crise pandémica. 

Segue-se o novo mapa dos EUA com o seu novo estado federado.


8 - O assassínio de Khashoggi – Mohammed bin Salman , rato escondido com rabo de fora

Em 2 de outubro de 2018 o jornalista saudita do Washington Post  deslocou-se, em Istambul ao consulado do seu país, para tratar de uns documentos necessários para o seu casamento; e, volatilizou-se. As principais pistas para o desaparecimento apontadas no reino dos Saud eram inicialmente duas e bastante pertinentes: teria sido sequestrado pela sua noiva turca ou, acidentalmente, caíra no Bósforo e teria sido engolido por um tubarão.

A polícia turca, porém aponta para o estrangulamento do jornalista, com o seu posterior desmembramento, para mais fácil disseminação da existência física do corpo.

Certamente que Mohamed bin Salman, o herdeiro do rei saudita nada teve a ver com o assunto… apesar do jornalista criticar fortemente a mais numerosa família real do planeta. Uma coincidência, naturalmente.

Diz-se que a Arábia Saudita é um estado de direito; embora se saiba também que a aplicação do direito, assim como as “razões de Estado”, em geral, são muito elásticas e variáveis, consoante a pressão e a temperatura atmosférica.

Dentro dessa elasticidade, são condenados em tribunal – à porta fechada - cinco sauditas com pena de morte porque, com mais outros 13 cúmplices decidiram matar o jornalista por não gostarem do bigode dele. 

Diz o tribunal saudita que o assassínio não foi … premeditado! Parece que o pelotão dos 18 acusados, de férias em Istambul, ao saírem da Mesquita Azul, viram passar, por acaso, o Khashoggi e seguiram-no discretamente até entrar no consulado saudita; e aproveitaram a situação, confiando que posteriormente seriam promovidos pelo seu chefe, Ahmed al-Assiri, para matar e cortar às postas o pobre jornalista.

Obviamente que MbS estava em oração com o seu amigo Saud al-Qahtani, na total ignorância dos acontecimentos; e daí que o tribunal tenha condenado os jagunços. É bem feito. Cumpriu-se a justiça de Allah, MbS dixit.

Curiosa é a descoordenação no reino da pastilha elástica. A CIA acha que MbS é o braço ordenante do crime. Mas o intermediário de um nutrido negócio de armas americanas a MbS, um tal Donald Trump, acha que não há provas para se proceder à acusação; certamente, de acordo com o complexo militar-industrial americano, muito irritado porque Erdogan comprou armas aos russos e daí, que precise de ser simpático para com o seu principal cliente, o MbS.



Este e outros textos em: 

http://grazia-tanta.blogspot.com/                              

http://www.slideshare.net/durgarrai/documents



[1] Uma situação ocorrida com alguém próximo evidenciou esse comportamento majestático e imbecil. Essa pessoa era acusada de roubo e foi chamada ao tribunal, sendo atendida por um burocrata de secretaria. Quando quis apresentar fotos reveladoras de que nada tinha roubado, o burocrata exigiu que as fotos fossem apresentadas por advogado; e lá o acusado teve de contratar um advogado, recebido com todas as vénias de medieval subserviência pelo burocrata para apresentar as mesmas fotos…

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