Dívidas públicas comparadas (2010 e 2023)
As dívidas públicas ou privadas, são instrumentos de manipulação, tendo, por um lado constantes avaliações que envolvem os aparelhos estatais e a aplicação de dinheiro proveniente, nomeadamente da punção fiscal, como dos negócios articulados, entre o aparelho estatal e os grupos económico-financeiros que parasitam aquele aparelho.
Tomando os dados relativos a 2023 destacam-se os montantes totais das dívidas nacionais, procedendo-se também ao enquadramento desses valores para anos mais ou menos recuados; dentro desse contexto, é habitual usar o seu montante, tendo como referência o valor do PIB nacional respetivo; e ainda, do cálculo da capitação da dívida. Como adiante se observará divulgaremos dados para anos mais recuados.
Iremos observar os dados disponíveis para vários anos – 2023, 2021, 2018, 2015 e 2010. Por outro lado, iremos considerar os elementos revelados pelos principais países europeus, incluindo os dois países ibéricos; mas também, o binómio EUA/Canadá, tomando em conta o pendor agressivo e conquistador revelado por um tal Trump, disposto a conquistar ou ocupar a Gronelândia, o canal do Panamá e o golfo do México… se não mesmo a ilha de Kerguelen que, certamente é do desconhecimento do indivíduo…; e, sem que se não esqueça da incorporação do Canadá ou o respeito devido aos animais das zonas polares. Convém que se observe o papel que no planeta vai cabendo à China, ao Japão, à Índia, para além do Brasil.
Os dados mais recentes (2023), no capítulo das dívidas nacionais, contemplam, grosso modo, o conjunto das doze mais vultuosas. Assim, as dívidas com valores mais destacáveis cabem, claramente, aos EUA, à China e ao Japão; a que se seguem os quatro países com maior relevância no quadro europeu, para além do Canadá e da Índia. A inclusão de Portugal nestes elementos é uma evidente demonstração da pequena dimensão do país, enquanto o Brasil apresenta um nível de dívida semelhante ao de Espanha, mesmo que se considerem as diferenças de dimensão demográfica.
No contexto dos restantes países (171) e das suas dívidas nacionais, em 2023, os casos mais vultuosos, em percentagens do PIB, são - Libano (357.7%), Sudão (189.6%), Eritreia (179.7%), Singapura (174.8%), Grécia (163.9%), Argentina (155.4%), Venezuela (133.6%), Cabo Verde (124%), Bahrein (123.3%), Maldivas (120.1%), Surinam (116.9%), Butão (116.1%), Laos (115.9%), Sri Lanka (115.8%), Barbados (110.8%), Canadá (107.5%) e, Bélgica (103.1%). Em suma, somente a décima parte daqueles restantes países apresenta valores de dívida inferiores a 100% daquele total.
A lista de países com dívidas nacionais elevadas, em 2010, é muito menor do que o observado em 2023. A lista é curta, abrangendo a Bélgica (100.2%), a Eritreia (201.8%), a Grécia (147.8%), a Jamaica (141.4%), San Cristóbal y Nieves (134.9%), o Líbano (136.8%) e Nauru (242.5%).
Em 2023, comparativamente a 2010, todos os países referidos aumentam os respetivos volumes de dívida. Em termos relativos, o peso da dívida mostra uma redução no caso de dois países – Alemanha (81% em 2010 e 62.9% em 2023), apresentando Portugal 99.9% em 2010 e 97.9% em 2023.
(2023) |
Dívida total (M.€) |
Dívida (%PIB) |
Dívida Per Capita |
||
1.575.372 |
|
105,10% |
32.395 € |
||
2.631.777 |
|
62,90% |
31.539 € |
||
3.125.991 |
|
99,97% |
46.600 € |
||
França |
3.101.376 |
|
109,90% |
45.340 € |
|
2.868.411 |
|
134,80% |
48.626 € |
||
261.849 |
|
97,90% |
24.610 € |
||
30.429.116 |
|
118,73% |
90.797 € |
||
10.389.105 |
|
256,30% |
83.071 € |
||
13.854.168 |
|
84,38% |
9.828 € |
||
1.701.739 |
|
84,68% |
8.039 € |
||
2.129.331 |
|
107,50% |
53.103 € |
||
2.738.400 |
|
83,02% |
1.945 € |
Comparativamente, em 2010 sobressaem os seguintes indicadores;
(2010) |
Dívida total (M.€) |
Dívida (%PIB) |
Dívida Per Capita |
|||
649.153 |
- |
60,30% |
13.910 € |
|||
2.119.242 |
81,00% |
26.417 € |
||||
1.385.818 |
74,30% |
21.989 € |
||||
França |
1.722.172 |
86,30% |
26.504 € |
|||
1.921.100 |
118,70% |
32.046 € |
||||
179.653 |
99,90% |
16.992 € |
||||
10.793.587 |
95,16% |
34.891 € |
||||
8.936.347 |
205,88% |
70.037 € |
||||
1.542.761 |
33,92% |
1.151 € |
||||
1.039.317 |
62,43% |
5.337 € |
||||
1.023.655 |
83,98% |
30.102 € |
||||
855.006 |
67,70% |
689 € |
||||
A comparação dos valores contabilizados de dívida entre 2023 e 2010 (em milhões de euros) apresenta indicadores distintos para os países referidos. Assim, observa-se a dinâmica das dívidas para o período considerado, evidenciando as diferenças mais notórias.
2023 2010 2023/10
1.575.372 |
649.153 |
2,43 |
|
2.631.777 |
2.119.242 |
1,24 |
|
3.125.991 |
1.385.818 |
2,26 |
|
França |
3.101.376 |
1.722.172 |
1,80 |
2.868.411 |
1.921.100 |
1,49 |
|
261.849 |
179.653 |
1,46 |
|
30.429.116 |
10.793.587 |
2,82 |
|
10.389.105 |
8.936.347 |
1,16 |
|
13.854.168 |
1.542.761 |
8,98 |
|
1.701.739 |
1.039.317 |
1,64 |
|
2.129.331 |
1.023.655 |
2,08 |
|
2.738.400 |
855.006 |
3,20 |
O crescimento da dívida observado na China – cerca de nove vezes durante treze anos (2010/2023) destaca-se completamente dos indicadores apurados para os outros países enquadrados na tabela. Num segundo plano, sobressaem o Japão e a Índia mesmo que se considerem as grandes diferenças nos respetivos indicadores; também nos casos de Espanha e Portugal se apresentam dívidas com valores diferenciados, de acordo com a pujança demográfica e económica dos países indicados.
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16/1/2025
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