domingo, 25 de dezembro de 2011

Segurança Social; estudo preocupante divulgado recentemente

Em estudo recentemente divulgado sobre as pensões da Segurança Social afirma-se que as malfeitorias recentes praticadas pelo governo socratóide e, em particular, pelos esbirros do plasmódio barbudo Vieira da Silva, são insuficientes. Isto é, que as pessoas neste cantão europeu precisam de ser ainda mais roubadas e humilhadas para bem, claro está da competitividade, da produtividade, da sustentabilidade e, já agora da imbecilidade.

A sustentabilidade de Segurança Social ou a isenção contributiva das empresas

A preocupação pela sustentabilidade da Segurança Social é recorrente, tão depressa se falando da emergência do problema a médio prazo, como a longo prazo. Dado o desnorte da contabilidade do sector, há anos revelada pelo Tribunal de Contas e pela Inspecção-Geral de Finanças, nada espanta.

As causas reveladas baseiam-se na maior longevidade das pessoas e num baixo nível de descontos por parte dos trabalhadores, branqueando-se sempre, mas sempre, o baixo contributo das empresas em geral face à riqueza gerada e que nada tem a ver com o nível pago em salários. Como é sabido, os ganhos de produtividade têm beneficiado particularmente os rendimentos dos capitalistas e não as remunerações dos trabalhadores, pelo que não são estes que devem ser onerados com o reforço dos meios financeiros para o pagamento das pensões de uma população mais envelhecida do que nos alvores da criação dos sistemas de Segurança Social, décadas atrás (vide, Estratégia para um Sistema de Segurança Social favorável à multidão” neste blog, finais de 2005). Acrescenta-se ainda, toda uma variada gama de técnicas de subavaliação programada do rendimento do trabalho para efeitos de cálculo da contribuição social ou fiscal; salários pagos com a utilização de carros de empresa, viagens, cartões de crédito, ou a isenção de contribuição patronal relativo aos trabalhadores a recibo verde (vide, Como se descapitaliza a Segurança Social portuguesa nas mãos do PS e do PSD”, neste blog, 14/12/2006). Todo este programado subfinanciamento é feito em nome da competitividade externa mas, na realidade serve para fomentar a acumulação de capital num número reduzido de ungidos.

Nas medidas da máfia socratóide entradas em vigor no dia 1 de Junho, o cálculo da pensão faz-se de acordo com a esperança de vida. Se as pessoas globalmente durarem mais, pagam mais para a Segurança Social se durarem menos, pagam menos. Muito óbvio na lógica de mercado; se o leitor comprar um sabonete paga um valor, se comprar dois paga mais; a diferença é que a pensões dos ex-trabalhadores não são sabonetes, nem o governo considera promoções como o supermercado...

Implicitamente, a máfia introduziu um novo imposto, colectivo, sobre a duração da vida humana. E, está garantido que mesmo que a esperança de vida se reduza de facto (a metástase Correia de Campos tem essa nobre missão) haverá sempre quem faça estudos em que a esperança de vida aumente. Temos a experiência do desemprego que se reduz há vários meses para o IEFP que não considera os desempregados que entretanto emigraram ou aqueles que por não terem idade para a reforma, nem poderem continuar com subsídio, ficam de fora. Na contabilidade mafiosa a fraude é regra.

Um estudo fabuloso

No referido estudo, elaborado por uns tais Pedro G. Rodrigues e Alfredo Marvão Pereira, afirma-se mesmo, não terem os autores feito as contas à sustentabilidade do sistema actual após as recentes alterações introduzidas pelos socratóides, sendo estas “tímidas e tardias”. Mas, aconselham os autores, “é aconselhável um segundo pilar” “mesmo que o primeiro pilar já fosse financeiramente sustentável”. Em resumo, a criação do segundo pilar público é uma questão ideológica, não técnica ou financeira; é preciso, porque sim. Como resulta de uma manifestação de fé, o estudo fica marcado pela sua total inutilidade; a fé não exige demonstração.

O precioso estudo os autores, num frenesi de mostrar o seu fervor anti-social, afirmam que as malfeitorias dos socratóides não passam de tremoços. E esse fervor é tanto que propõem medidas que garantiriam um “chumbo” a um estudante caloiro de economia… até na Independente!

Assim, o dinheiro para o tal segundo pilar, viria de uma contribuição acrescida para a Segurança Social de 10% das remunerações brutas dos trabalhadores com 35 a 64 anos! Dito de outro modo, a maioria dos trabalhadores veria reduzido o seu rendimento imediato em 10% o que, dentro dos parâmetros do actual nível de vida dos portugueses seria catastrófico.

Mas, não se assustem, pois os pândegos têm alternativas! Por exemplo, o aumento da taxa de IVA para 25% o que, decerto deixaria a multidão mais aliviada do peso do dinheiro na carteira. Nas suas delirantes cabecinhas, ainda imaginaram uma outra fórmula, dita “especialmente atraente”, que consiste em deixar o IVA um pouco aquém dos 25% mas introduzir impostos ambientais!

Se estes delírios fossem tomados como o fruto do labor de pobres lunáticos, as pessoas rir-se-iam como sucede com algumas cretinices do João César das Neves, emanadas do seu fundamentalismo católico. Sucede que o estimável documento foi apresentado, dia 17 de Julho na Fundação Luso-Americana, na presença do alto mandarinato, do mofo universitário e de alguns empresários com “sensibilidade social”.

Este tipo de energúmenos defensores do genocídio capitalista pertence ao núcleo duro dos professores de teologia económica que empestam as faculdades e formatam as cabeças dos jovens.

Do Rodrigues sabemos que é adjunto do comissário socratóide para o Orçamento, enquadrando-se pois, bem na fotografia do governo. Quanto ao Marvão as coisas vão muito para além de ser catedrático duma universidade americana e consultor dos habituais FMI, BM, BCE e do nosso próximo Banco de Portugal onde trabalhou, provocando o repúdio dos colegas, pelo seu extremismo fascizante, pelo seu frio desequilíbrio psíquico. Para tornar o quadro mais pitoresco, sabemos que o Marvão é judeu ultra-ortodoxo, com aquelas típicas barbas não aparadas, defensor de um racismo virulento e anti-social, o suficiente para impedir os próprios filhos adolescentes de andarem sozinhos na rua, para não se misturarem com a plebe americana, onde há pretos, árabes, latinos e outros elementos detestáveis para a sua ideologia racista.

Agosto 2007

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