Tendo em conta a difusão do que se chama informação, inclui-se ali o que é despejado sobre as multidões; o produto da apropriação pelos media, em regra, surge repleto de disparates e distorções que são sorvidas pelos media, mormente pelas televisões. O importante é a continuidade desse despejo, por mais repetitivo, disparatado e idiota que seja a típica produção dos media.
O conflito na Ucrânia e a atual situação no Médio Oriente, acompanhados pela barbaridade sionista, correspondem a uma interligação entre a manipulação da chamada “informação” e a guerra, com evidentes benefícios para a indústria militar e para os envolvidos na criação de armamentos para as novas gerações.
Pouco importa para as elites políticas se os dirigentes são ineptos, corruptos ou mentirosos. Biden ficará sempre como um inepto, remetido para um canto da História, mesmo que seja mais relevante do que um assassino como Netaniahu.
Os media promovem os produtos televisivos que manipulam e imbecilizam as grandes massas de elementos das classes médias e baixas. Em tempos passados, a informação era tomada como uma benesse para as massas populares, que nela confiavam; hoje, os media caracterizam-se em grande parte pelos sensacionalismos mediáticos, alimentando as pugnas entre os partidos políticos, entidades repletas de corruptos e incapazes.
Os media, estabelecem, apresentam e manipulam os imperativos definidos pelo capital global e, mais especificamente, pelos grandes grupos mediáticos. Por outro lado, pretende-se garantir a segurança das multinacionais, uma função que se cruza e se incorpora com a intervenção da área da defesa, mantendo-se a plebe, espalhada pelo planeta, particularmente atenta às pouco relevantes atitudes de descontentamento e protesto.
Os grandes conglomerados económicos e populacionais, podem ou não, corresponder a conjuntos de poderes nacionais. Assim, entre aqueles aglomerados situam-se a China, a Rússia, a Índia e os EUA, evidenciando-se a UE como uma entidade essencialmente política e económica mas sem prerrogativas de caráter nacional. Essas limitações, pese embora o tempo decorrido desde a fundação da UE, mostram-se evidentes nas diferenças políticas, nas origens históricas, linguísticas e culturais.
Nesse contexto, a UE mantém-se com uma grande heterogeneidade, com um conteúdo claramente economicista, como é típico nas instâncias nacionais, a começar pela diversidade de moedas nacionais. A globalização do capital apresenta uma situação de grandes diferenças no plano económico e, a menorização da grande maioria dos estados nacionais europeus, infiltrados por grandes grupos globais, no seio de um “mercado financeiro” onde os antigos negócios nacionais ficam ultrapassados ou conquistados. Se alguém se recordar das instituições bancárias portuguesas de há uns anos, terá de se conformar com o domínio das instituições estrangeiras.
Nunca o conceito de democracia se apresentou tão vazio e manipulado como nos tempos atuais; a intervenção do poder financeiro mostra um sistema em que o poder político é um biombo onde se articulam elementos das classes políticas nacionais, para a consolidação de um poder relativamente homogéneo, mesmo se a esse poder pertencem elementos nativos, desta ou daquela área territorial. No seio da UE cruzam-se os vários sectores nacionais, a intervenção dos grandes grupos financeiros e dos poderes políticos.
Tempos atrás dizia-se que o capitalismo iria ser suplantado pelo socialismo, não sendo fácil definir o que seja o socialismo, tantas têm sido as suas versões e amálgamas que têm surgido das simbioses políticas e económicas. Na realidade, o capitalismo tem um conceito muito claro, baseado no domínio por alguns da riqueza produzida, dotando os restantes de uma redistribuição desigual do rendimento, mais ou menos susceptível de equilibrar as diversas camadas sociais.
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