Campeão Português 300, Moviflor 300, Minipreço 130, PSA –
Mangualde 80+280, Lajes 500…
e o programa segue dentro de momentos - TAP, BES, Segurança Social (600)… Falamos de despedimentos.
e o programa segue dentro de momentos - TAP, BES, Segurança Social (600)… Falamos de despedimentos.
Isto chama-se retoma ou entropia?
1 - O
problema
Prepara-se uma redução (anunciada há
dois anos) da presenç militar norte-americana na ilha Terceira (base das
Lajes) o que significará o desemprego para 500 dos 900 trabalhadores portugueses
que lá têm trabalhado. Segundo o presidente da autarquia de Praia da Vitória as
perdas no emprego direto ou indireto, já concretizado ou a completar até ao
outono, poderão corresponder a 2000 pessoas[1].
Nesse contexto, o governo regional propôs a Passos Coelho, em outubro, um plano
de revitalização, embora todos saibamos que o atual primeiro-ministro é mais expedito
em planos de desvitalização económica e empobrecimento; e de facto, já foram
ultrapassados os 60 dias para a prometida resposta. Veremos se Passos responde
antes de terminados os 30 dias apontados e se serão avançadas pelo autarca de
Praia da Vitória “medidas radicais nunca antes vistas nesta terra pela luta
intransigente dos nossos interesses e dos interesses de todos os praienses”[2].
Essa proposta do governo regional, tardiamente
preocupado com os efeitos sociais de uma retirada parcial dos EUA da base,
contempla uma "revalorização estratégica" que possa envolver a NATO
(… dirigida pelo Pentágono) ou a UE, para além de utilizações não militares das
instalações aeroportuárias (terminal de cargas e a equiparação a Santa Maria no
que respeita a valências e taxas) e portuárias na Praia da Vitória (cais de
cruzeiros, transporte de passageiros e náutica de recreio). O governo regional
esteve a proceder a um estudo, secreto, durante dois anos, a revelar na próxima
semana e que contempla apoios públicos sob a forma de benefícios fiscais,
incentivos e programas de apoio às empresas[3].
Quem acarretará com esses encargos, quando os orçamentos se confrontam com
cargas fiscais já elevadíssimas e gastos sociais insuficientes para as
necessidades? Tentar viabilizar empresas dessa forma e esperar que isso surta
em sociedades com o poder de compra deprimido é viável? Não será mais uma
aposta falhada de “supply side economy”?
A reconversão de uma economia baseada
num arrendamento gratuito não é fácil, para mais numa pequena ilha situada no
meio do Atlântico, a uns 2000 km de Lisboa. As propostas apresentadas não têm nada
de original; baseiam-se em pesados investimentos para servir mercados externos
e descuram as capacidades dos terceirenses de gerirem, coletivamente, a
satisfação das suas necessidades, em ligação prioritária com os restantes
açorianos.
2
- A incúria que contribuiu para o problema
A situação atual mostra a incapacidade
estratégica dos governos regionais e nacionais, encostados passivamente à crença
num rentismo perpétuo como fonte fácil de emprego e receita, ignorando
previsíveis consequências do fim da URSS há quase um quarto de século.
Poderiam ter percebido os principais
sinais da mudança, quando em finais de agosto de 1991 terminou o papel das
Lajes como posto de comando do U.S.Commander-in-Chief - Europe,
iniciado em 1984 para acolher a missão “Silk
Purse”, embora a base ainda tenha desempenhado um relevante papel logístico
na primeira guerra do Golfo.
Poderiam ter pensado em alternativas
quando os EUA passaram a regatear as contrapartidas apelando à solidariedade
entre membros da NATO, evidenciando assim o seu menor interesse face à base.
Nessa época os governos regionais e nacionais, empanturrados de fundos
comunitários e com uma esperança religiosa no euro e nem sequer enxergaram que as
técnicas de reabastecimento de combustível em pleno voo contribuiriam para
substancial redução da atividade nas Lajes. Nada perceberam, nada fizeram.
As Lajes estiveram no primeiro plano dos
noticiários quando Durão Barroso foi nomeado para servir o café a Bush, Blair e
Aznar, em 16 de março de 2003, todos debruçados sobre as provas inexistentes
das armas de destruição massiva de Saddam. O serviço de mesa foi de tal
qualidade que, pouco depois, Barroso foi indicado para operar na Comissão
Europeia onde brilhou durante 10 anos.
A questão da base da Lajes enforma uma
história de subserviência.
Durante a II guerra mundial os EUA e a
Grã-Bretanha, conluiados, enganaram Salazar que não gostava dos
norte-americanos, onde via horrores, como mulheres de saias curtas a fumar e Hollywood.
O embuste terminou no final das negociações quando Salazar percebeu que a presença
nos Açores seria particularmente dos EUA e não da velha aliada, que entretanto,
havia adoçado o ditador com cangalhada militar para a tropa portuguesa.
A importância das Lajes para os EUA
durante a guerra fria tornou brandos os EUA, durante décadas, com a ditadura
fascista, aceitando até Portugal como fundador da NATO enquanto a Espanha
franquista ficaria à porta, durante 28 anos, mesmo cedendo bases militares aos
EUA. Os EUA foram também compreensivos com a guerra colonial, não só para
conter o inimigo estratégico em África mas também porque as Lajes se vieram a
mostrar muito úteis, por exemplo, no apoio a Israel em 1973. Nesse quadro de
tranquilidade bilateral, os EUA lá iam funcionando como fornecedores das forças
armadas portuguesas, mais recentemente, dos inúteis F-16 que teriam estragado a
trama da Jangada de Pedra, de Saramago, uma vez que teriam espantado os
estorninhos. A sua tranquilidade era tal que ficaram surpreendidos com o golpe
de 25 de Abril de 1974 que derrubou o fascismo; e uma velha raposa como
Kissinger até imaginou que Portugal se transformaria numa Cuba europeia!
Cerca de 70 anos depois e fruto de
alterações geopolíticas e nas tecnologias de morte, as Lajes para pouco servem
ao Império, que transferiu a sua logística guerreira para o Mediterrâneo e para
o Leste europeu, mais próximos dos inimigos islâmicos e russos, fiel à demente
teoria de Huntington e para alimentar uma das poucas indústrias competitivas
dos EUA – o armamento. Neste contexto e no plano do seu declínio económico, os
EUA projetam reduzir em € 424 M os gastos com a sua presença em vários países
da Europa Ocidental - Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália, Reino Unido e
Portugal - sendo este último contemplando com uma redução de € 29.6 M,
relacionada com as Lajes, que ficarão a albergar apenas uns 170 militares, sem
direito a trazerem famílias[4].
Porém, uma ida a Washington do Chancerelle e do Aguiar Branco, à frente de uma
luzida comitiva de generais, demoverá certamente os estrategas do Pentágono dos
seus irrazoáveis planos. E como contributo para o convívio ecuménico, que Deus
queira, Allah u akbar ou ki eshmera shabbat, para contentar toda
a gente.
3
- Os cacos que ficam
A geopolítica do Mediterrâneo foi por
nós desenvolvida tempos atrás[5]. Vamos
debruçar-nos agora no cenário luso, onde ressalta a pequenez, o esvaziamento da
realidade portuguesa em contraste com a forma sobranceira como o Império trata
o seu vassalo, literalmente nas tintas para o "forte desagrado" do
governo Passos pela "decisão unilateral" tomada pelos EUA. O Império
impôs a entrada e agora sai quando quer e como quer; venham os ucranianos, que
se lixem os terceirenses!
Não sabemos se é por indigência
cultural ou por intenção de enganar que os mandarins costumam exultar quando apregoam
novos postos de trabalho, sem nunca referirem os níveis salariais, a
durabilidade dos contratos ou a sua sustentabilidade a longo prazo. No Acordo
de Cooperação e Defesa, assinado em 1995, as únicas contrapartidas outorgadas
pelos EUA eram os empregos diretos e indiretos de portugueses, gerados pela
base; e já na altura era claro que os norte-americanos estavam em processo de
desvalorização das Lajes no seio dos seus interesses geoestratégicos, pelo que
era de temer por uma próxima insustentabilidade dos empregos. Por outro lado,
aquele Acordo, não ratificado pelo Senado dos EUA, tem apenas um caráter
executivo que o governo norte-americano pode ou não cumprir em função das suas
conveniências, pois não tem força de lei; revela-se aqui uma vez mais a
subserviência do governo português nessa negociação, pois o Acordo foi aprovado
na AR portuguesa (resolução nº 38/95) com a devida solenidade e compromisso,
enquanto a outra parte o encarou como um mero “acordo executivo”.
A promoção da exportação açoriana para
os EUA e o abastecimento da base com bens e serviços locais não parece ter sido
acarinhada pela potência arrendatária. No campo da componente laboral do acordo
bilateral, as entidades regionais ou nacionais aceitaram a proibição da sindicalização
dos trabalhadores, a impossibilidade de recurso a tribunais portugueses (a base
é considerada território onde se não aplicam as leis portuguesas), entrou-se numa
lógica de não cumprimento dos aumentos salariais previstos e de imposição do
silêncio sobre os voos envolvendo prisioneiros de Guantanamo. Por outro lado, a
presença da base é apontada num relatório de 2005 como fonte de contaminação
dos aquíferos da ilha, com hidrocarbonetos e metais pesados[6].
A FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento criada no seguimento do
Acordo de 1983 foi financiada a partir das contrapartidas então existentes mas,
hoje, pouco beneficia a realidade açoriana servindo essencialmente para a
colocação de mandarins, ora do PS ora do PSD, depois de muitos anos dirigida
pelo impagável Chancerelle de Machete que parece ser ministro português dos
assuntos externos… sobretudo quando se trata de Angola. Em 2007, a imprensa
açoriana[7]
apontava também que a praga do escaravelho japonês, proveniente
dos EUA, não havia sido erradicada como prometido pelos norte-americanos.
Nos Açores, o ganho médio mensal dos
trabalhadores por conta de outrem do setor dos serviços, em 2013, é de € 1004,
com valores superiores em Vila do Porto e Ponta Delgada e mostrando-se os
indicadores referentes a Angra do Heroísmo (€ 908) e Praia da Vitória (€ 884)
próximos dos calculados para os restantes concelhos da região. Estes dados do
INE significam que a presença da base não constitui um elemento gerador de
altos rendimentos ou competências, como acontece em Santa Maria, por influência
da Região de Informação de Voo ali instalada. Os responsáveis da base, embora
tenham obtido no seu perímetro regras de extraterritorialidade face ao resto
dos Açores, usam os níveis remuneratórios praticados na sociedade “indígena” ou
utilizam-nos nas tarefas menos nobres, não aplicando certamente os níveis
salariais dos civis provenientes dos EUA para idênticas funções. No entanto,
cinicamente o Acordo de 1995 inclui uma cláusula em que os norte-americanos não
colocarão cidadãos seus … em substituição de trabalhadores portugueses; por
razões óbvias, acrescentemos.
Esta segmentação é típica nas regiões
coloniais, onde se pratica a diferença de tratamento entre civilizados e gentios.
Claro que tudo isso com o sorriso servil das governações regionais e nacionais (em
1995 era primeiro-ministro o sublime Cavaco Silva e ministro dos negócios
estrangeiros uma sumidade que dá pelo nome de Durão Barroso) que vêm orando e
suplicando aos deuses para que os EUA se mantenham na Terceira; como se deduz
também das afirmações recentes de um membro da CGTP[8].
Em 2013 havia 2833 desempregados com subsídio
na Terceira. Transpondo aquele valor para os dias de hoje, a inclusão de mais
500 trabalhadores corresponde a um aumento de 17.6% do número de desempregados.
Se todos fossem moradores na Praia da Vitória aquele número de trabalhadores
caídos no desemprego fará aumentar em 50% o desemprego naquele concelho. O que
é uma calamidade, como compreensivelmente o considerou o presidente da câmara
de Praia da Vitória que refere poder a taxa de desemprego no concelho passar
para 25% - uma taxa “grega” - e o produto concelhio decrescer 30%[9].
Também os norte-americanos reconhecem o enorme impacto da sua menor presença
nas Lajes, como foi caraterizado por um grupo de empresários do grupo Business Executives for National Security
(BENS) segundo o qual "a
contribuição do Governo dos EUA para a economia dos Açores se estima entre 105
e 150 milhões de dólares por ano", o que representa "3% do PIB dos
Açores e perto de 14% do PIB da ilha Terceira”[10].
E esperemos que os EUA não tentem subornar os governantes lusos com a entrega
de material militar usado o que, embora possa alegrar os generais, não enche os
pratos nas refeições dos terceirenses.
4
- Uma economia rentista
As economias assentes numa renda são
particularmente vulneráveis pois dependem de um ou poucos “investidores” que
pagam uma renda pela exploração ou utilização de recursos locais. Esses
recursos, tanto podem ser o petróleo ou minérios que financiam estados e bandos
de corruptos como em Angola, no Congo ou na Nigéria, como uma posição no mapa;
e, em regra, anulam ou tornam outras atividades inviáveis, construindo
perigosas polarizações e vulnerabilidades. O caso de Nauru é uma situação
extrema de rentismo, do que acontece a um país (neste caso artificial) quando
fica dependente de um recurso não renovável[11];
uma grande vulnerabilidade acontece também quando uma posição geográfica se
desvaloriza em função de mudanças geoestratégicas, dependentes das vontades das
potências globais.
Em regra, as economias de renda
contemplam os interesses dos arrendatários e pouco ou nada beneficiam as
populações. Por exemplo, no Chade, ao lado de instalações petrolíferas
feericamente iluminadas estão aldeias sem eletricidade e a aplicação dos
rendimentos do petróleo é administrada por ONG´s, pois os políticos locais são
pouco fiáveis para a sua utilização. Nas antigas minas de S. Domingos, no
Alentejo, ainda se pode observar, como curiosidade turística (!) um lago
vermelho de poluição enquanto na Urgeiriça os antigos trabalhadores da extração
do urânio vão definhando na pobreza e na doença.
Felizmente, os EUA e os seus parceiros
ingleses, quando se instalaram nas Lajes não deportaram os terceirenses para
ilhas próximas como fizeram aos habitantes de Diego Garcia, no Índico, para a
instalação de uma base estratégica norte-americana, de onde partiam, por
exemplo, os grandes bombardeiros para assolar os afegãos. Ainda hoje, os
habitantes da ilha, vivendo na Maurícia há uns 40 anos, reclamam o regresso aos
seus lares ancestrais, perante os ouvidos surdos da “comunidade internacional”.
Tiveram o azar de não ser europeus, nem “brancos”, como os terceirenses.
No caso dos Açores, os pagamentos dos
EUA, antes da chegada dos fundos comunitários financiaram em parte, a rede
regional de portos e aeroportos, a expansão de sistemas de abastecimento de
água e de saneamento básico, o ensaio da geotermia e
a construção de escolas e de hospitais; a partir de 1985, as ajudas
norte-americanas centraram-se nos fornecimentos militares.
O rentismo na Terceira corresponde a
um tipo especial de emigração em que o local de trabalho se encontra próximo de
casa, como nas deslocações pendulares transfronteiriças. Insere-se na velha
tradição das camadas possidentes portuguesas, de incapacidade para a criação de
riqueza adequada às necessidades da população e de expelir, como superavitária,
mão-de-obra barata e menos qualificada para o exterior. Embora atualmente tenha
evoluído para uma expulsão de gente mais qualificada (nem sempre com a paga
adequada), Portugal não deixa de revelar as debilidades do capitalismo,
inerentes a um patronato ignorante, endividado mas, cúpido por natureza e
sempre ávido em captar as poupanças dos emigrantes. Daqui se demonstram também
as insuficiências de um projeto europeu, gerador de desigualdades, de
periferias marginalizadas, de insustentabilidade económica e social.
O mesmo quadro de rentismo é patente
quando se avalia a redução dos arrendamentos de habitações para familiares dos
militares norte-americanos em 50% do total, uma vez que a administração
norte-americana proibiu o reagrupamento familiar; e isso, para além da redução
do consumo e do pagamento de impostos pagos por parte dessas pessoas. Esse
rentismo é parente próximo da venda de imobiliário caro a “investidores”
necessitados de presença na UE e a quem são facultados os célebres passaportes gold, tão acarinhados por Portas e pelo
comediante Pires de Lima.
Alicerçar a economia de uma ilha ou,
sobretudo de um município, na presença de uma instalação militar estrangeira
que nada acrescenta em transferências de conhecimento, para o perfil
tecnológico da população, que não é propiciadora de salários elevados, que
eleva os graus de poluição e de riscos para a população em caso de conflitos de
larga escala para os quais jamais contribuirá, é a continuidade de um baixo
nível de desenvolvimento. A presença dos EUA vem gerando apenas uma faixa da
população como serviçais do Império, tomados agora como descartáveis. As
restantes ilhas da região, ainda que pobres, conseguem manter um grupo de
atividades sustentáveis e capazes de manter níveis de emprego semelhantes aos
do resto do país, sem a presença de bases militares estrangeiras.
5 - Conclusões
Confirma-se a filosofia dos EUA, já definida
no Acordo de 1995 com a disponibilidade da base inserida como parte do
contributo português para o desempenho da NATO e com a sua utilização em todas
as vertentes (militar e laboral) definida pelos estrategas do Pentágono. Sendo
assim, os açorianos acarretam com os potenciais perigos de acolherem uma
instalação militar estrangeira, no âmbito das clivagens que se vão vincando
entre as grandes potências, sem em nada serem ouvidos; e ninguém verá qual o
contributo que as intervenções do Império no Médio Oriente ou na Ucrânia poderão
trazer para o bem-estar dos portugueses em geral e dos açorianos em particular.
A grande ameaça para a multidão de
trabalhadores, ex-trabalhadores, desempregados e pobres em geral não vem de
perigos militares e a inclusão na matriz dos interesses da NATO nada trará para
que os portugueses deixem de ser vítimas das agressões da troika, dos seus sucessores ou das malfeitorias levadas a cabo
pelas governações lusas. Para mais, nem se poderá alegar que os terceirenses
beneficiem com uma renda pela utilização da base, com empregos com direitos,
bem pagos e qualificados, com uma desemprego residual de desemprego ou com uma
economia local dinâmica. Em suma, qual o interesse da presença militar
norte-americana na Terceira?
Aparentemente e de modo realista, o
autarca de Praia da Vitória pensará que as promessas dos EUA para reduzir os
impactos da desclassificação estratégica das Lajes não passam de palavreado oco
ou de placebos - promoção do turismo, formação, negócios, cooperação em
energias renováveis, investigação científica. Provavelmente os EUA estudaram a
inovadora estratégia do advogado de negócios Aguiar Branco (travestido de
ministro da defesa) para Viana do Castelo, quando se dispõem a "considerar
o pagamento de uma generosa indemnização aos funcionários portugueses das
Lajes"[12]; isto
é, a continuidade de uma economia rentista.
O que esperar dos protagonistas
portugueses perante esta situação? O costume, submissão e negócios privados,
mesmo tendo em conta o empertigado comunicado assinado por um tal Chancerelle de
Machete. E é de todo ridículo que um subserviente governo português avise que
poderão sair prejudicadas as relações com os EUA[13];
provavelmente Obama já terá reunido de urgência para abordar o assunto…
Os terceirenses no seu atual transe
próprio e os portugueses em geral, no plano inclinado da entropia económica e
social em que todos se encontram, não têm outra solução sustentada que não
tornarem prioritária a satisfação das suas necessidades coletivas, através de
um planeamento conjunto e em autogestão, sem a presença de uma classe política
e menos ainda das suas mordomias e dos seus negócios corruptos.
Este e outros documentos em:
http://grazia-tanta.blogspot.com/
http://pt.scribd.com/profiles/documents/index/2821310
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
http://pt.scribd.com/profiles/documents/index/2821310
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
[3]
Correio
dos Açores, 15 de janeiro de 2015
[7] Armando Mendes no
artigo «A Ata escondida do Acordo das Lajes”, publicado no Diário Insular em
25/2/2007
[12] idem
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