domingo, 1 de janeiro de 2012


Ao candidato à Presidência da República                 

A pedido da autora inserimos este texto:

Ao candidato à Presidência da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, incomoda sobremaneira que outros candidatos, e não é só o candidato Manuel Alegre, lhe dirijam uma pergunta por sinal bem simples e clara sobre a sua ligação ao BPN/SLN.

O candidato Prof. Cavaco Silva, com o espírito «democrático» que se lhe conhece desde que foi Primeiro-Ministro, não gosta de ser interpelado seja por que motivo for…

Não é só ele … é apanágio de todos os governos que nos têm desgovernado ao longo de mais de duas décadas.

Considera, pois, o candidato Prof. Cavaco Silva que a dita pergunta se insere numa campanha infame, de baixo nível, que apenas visa denegrir a sua imagem… Pois é pena que jamais se tenha ouvido tal adjectivo para qualificar as acções de amigos e correligionários, ex-ministros e até … pasme-se!... um Conselheiro de Estado com fortunas dúbias e vertiginosas acumuladas em poucos anos de vida pública…

A Factura, essa sim, infame e vergonhosa, é para nós, ignotos cidadãos que se querem amorfos, obedientes e cumpridores, capachos de desgovernos e negociatas abjectas que não têm cabimento em nenhum regime democrático.
A pergunta, senhor Professor, tem toda a razão de ser e é clara como água: A quem vendeu V. Exa. as acções do BPN um ano depois de as ter comprado, com um lucro fabuloso, tratando-se de acções não cotadas em Bolsa?

Onde está a ofensa, Senhor Professor?

A transparência nas verdadeiras Democracias é um imperativo que os cidadãos exigem, não apenas uma figura de estilo para encobrir escândalos, corrupção e desmandos.

Já agora, senhor candidato Prof. Cavaco Silva, poupe-nos a nós cidadãos que ainda temos uns lampejos de memória, o seu discurso lacrimejante, a sua preocupação «chorosa» com a pobreza, o desemprego, etc. Terá V. Exa. esquecido o desemprego, a pobreza, a fome que grassava em vários pontos do país e, nomeadamente, na Península de Setúbal, quando V. Exa. foi Primeiro-Ministro, apesar de todo o dinheiro que entrava a rodos no nosso país vindo da Comunidade Europeia? Terá V. Exa. esquecido as várias interpelações de que foi alvo pelo então Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, uma das várias figuras que V. Exa. apelidava de forças de bloqueio? Terá V. Exa. esquecido a favor de quem e para quem governou? A estas simples perguntas não precisa de responder, senhor Professor. A resposta é por demais conhecida.

Uma cidadã anónima, mas não amorfa

Maria José Morais Isidro Aragonez

Janeiro 2011


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