sábado, 24 de dezembro de 2011

Nova bandeira portuguesa sonhada por Cavaco


CAVACO E A BANDEIRA: CONCRETIZAÇÃO DE UM SONHO



Um dia desses Cavaco saltou da cama e gritou: I have a dream! I have a dream! E perguntou para a Maria: como se chama aquele tipo que foi morto há uns anos e que também disse isto?



Cavaco sonhou que transformava a bandeira nacional num instrumento de competitividade, desde que lhe fosse feita uma pequena alteração. E, homem de acção chegou à sede de candidatura, reuniu o seu estado-maior e explicou como é que as coisas se deveriam passar. E exigiu tabu, como ele tanto gosta, para que a concorrência não se aproveitasse da sua ideia, decerto luminosa e de origem divina, como todas as suas ideias, aliás.



Telefonou para o Constância, explicou a sua ideia e logo o druida se prontificou a mandar construir um modelo macro-económico para avaliar o impacto das alterações propostas para a bandeira, na competitividade, desde que o Trichet não descobrisse nisso inconvenientes para os níveis da inflação e das taxas de juro na Europa.



Falou com o Durão Barroso que o ouviu extasiado e logo decidiu acrescentar 25 artigos ao projecto de Constituição europeia se o Chirac, o Blair, a Merkel… concordassem. A agenda de Lisboa só teria a beneficiar da generalização do projecto de Cavaco.



O Teixeira dos Santos viu nisso uma forma de baixar o deficit e obteve a concordância do seu amigo Carlos Tavares sobre o natural impacto positivo nas cotações da Bolsa, no “rating” da pátria e na entrada de capitais estrangeiros comprometendo-se a colocar a questão a Sócrates, como CEO da Sócrates & Mendes, Inc.



Sócrates mandou proceder a uma adenda ao Plano Tecnológico dado o ineditismo, a inovação e que a nova bandeira deveria ser apresentada na Alemanha no início do campeonato do mundo de futebol



Manuel Pinho viu na nova bandeira uma forma de aumentar o seu poder negocial nas eternas negociações com a ENI e viu nisso também um modo de “vender” uma nova imagem de Portugal que, para o efeito, se deveria chamar, no futuro Ortugalp, sendo o novo nome patrocinado pela empresa petrolífera, (já sem o patrocínio da I Liga de futebol) e que contribuiria para o equilíbrio orçamental.



Marques Mendes alertado sobre o assunto decidiu ter uma iniciativa legislativa indicando o escritor trauliteiro Vasco de Graça Moura para compor um novo hino.



O consagrado Ludgero também avançou com uma ideia brilhante: retirar o vermelho da bandeira para nos demarcar a todos dos comunistas. E o Borges lembrou-se de retirar a nacionalidade aos funcionários públicos para poderem em seguida ser despedidos sem problemas, dada a sua condição de apátridas.



O núncio apostólico sempre bem informado, oficiou para o Vaticano lembrando que a generalização do sonho de Cavaco poderia ser um contributo para a recristianização da Europa. Aguarda-se a todo o momento um comunicado da Casa Branca. 

Dezembro 2005
 

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