quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Grécia e Portugal. Razões para os gregos terem pouca consideração pela  reação dos portugueses ao aperto da troika

 - - - -
É bem claro o que diz o economista grego em
www.youtube.com


1º - Não devemos, não pagamos, como posição de princípio;

2º - Há um movimento que executa essa ideia, recusando pagar autoestradas, serviços públicos, etc;

3º - A auditoria é feita através de 19 grupos coordenados e competentes para a recolha de informação pública pois é transparente que o governo grego não vai fornecer dados;

O que se passa na Grécia é bem diverso do que se vem pretendendo para aplicação em Portugal

Como venho dizendo, neste blog e em:







proceder a uma auditoria como a levada a cabo pelos gregos é possível em Portugal, a despeito de se estar bem longe do grau de desobediência civil, de mobilização popular e de maturidade política e organizativa evidenciada pelos gregos.

Porém, em Portugal, pretendem, grupos com fortes apoios políticos, sindicais e (curiosamente) mediáticos, com intuitos pouco transparentes, apontar apenas como ponto único de objectivo, uma auditoria.

Aqui, os amadores, os infiltrados de partidos, os candidatos à construção de novos agrupamentos partidários e afins, colocam na agenda, a auditoria cidadã. E mais não dizem.

É curto e enganador; apenas visam entreter as pessoas para mascarar a inépcia política de que são portadores, enquanto o tempo passa e a troika aplica o seu programa.

Como é evidente, colocam um instrumento (auditoria) no lugar do objectivo que deverá ser não pagar esta dívida que nos querem fazer engolir como nossa. A auditoria que querem é descontextualizada de uma ação política, subalterniza a mobilização social, a construção de movimento aglutinador, sem controlos partidários. Qualquer ação consequente contra a dívida que nos esmaga passa por:


1 - Declaração política, clara de que não devemos, não pagamos a obscura dívida que nos imputam;

2 - Mobilização social num quadro de unidade contra a troika e os seus agentes locais; num quadro não controlado por partidos, proto-partidos e organizações sindicais;

3 – Paralelamente, recolha de informação sobre a corrupção, os compadrios, os pagamentos ínvios, as muitas e variadas formas de descapitalização do Estado e de assalto aos nossos bolsos e direitos;

4 - Denúncia sistemática desses elementos recolhidos junto da população, por todos os meios possíveis, como justificação para que se recuse o pagamento;

É para isto que estou disponível. E vocês?

julho 2011

Sem comentários:

Enviar um comentário